10/20/2008

Solidão infinita

"O silêncio dos espaços infinitos apavora-me", dizia Pascal, há 400 anos, mais ano menos ano, quando o homem percebeu que isto era maiorzito do que pensava.
Eu percebi ontem que sou coisa para não acreditar nos extra-terrestres. Podemos estar sozinhos no universo - por muito assustador que isso possa soar, ao menos temos uns quantos iguais a nós por aqui, não mexas mais.
Podemos não estar. Mas tenho para mim que vida em forma humana não há. Sistemas racionais, talvez. Animais racionais, pode ser. Agora: indivíduos esverdeados e esticadinhos, de dedos compridos e por vezes antenas, a pretenderem usar as nossas telecomunicações para falar para casa... Se é para isso não contem comigo.

10/02/2008

Este macaco foi para o céu

Não consegui nunca apreciar Pixies. "Não faças atenção ao Frank Black (Franco Preto), ele deixou-se engordar, grita demais e o que diz não tem sentido", anda o Roberto sempre a segredar-me. Vou eu: "Mas tu usas eyeliner, Roberto, e tens esse cabelo". Ele: "Sossega, escuta o que te digo...".
Vou-lhe fazendo caso. O Roberto é o Roberto.
Mas a verdade é que me tenho vindo a familiarizar com eles, logo quando pensei que já não seria possível.
A letra desta que é uma das grandes tem andado comigo nos últimos dias. É por causa daquela parte: "Se o homem é 5 - então o Diabo é 6. E se o Diabo é 6... se o Diabo é 6... Pensa que Deus é 7!"
Pelo que, amigos, se nos apresenta uma hierarquia bizarra. E vendo-nos no último lugar da pirâmide, só me ocorre: descendemos tanto dum como do outro?
Tanto tempo ao engano a julgar que o mundo era um cantinho bonito do universo.