9/23/2005

Mike Oldfield



No outro dia estava na FNAC com a iminha irmã e ela comprou um album intitulado "Tres Lunas" de 2002 cujo autor é Mike Olfield.
O sticker na caixa dizia Mike Oldields Chill Out album...

Há muitos anos que sou fã deste multinstrumentalista e compositor inglês, mas recentemente os seus trabalhos seguiram um rumo bastante diferente daquele que me agarrou há mais de dez anos e que são os seus albuns dos anos 70 e 80.

Começou a carreira em 1971 com um disco instrumental chamado Tubular Bells. Não era mais que uma peça de música contínua de um lado e que continuava no outro. Oldfield tocava todos os instrumentos num total de mais de 30.

Embora nada caraterístico(para dizer o mínimo) este album marcou uma posição tão forte que atingiu o número um na Inglaterra e o jovem Oldfield então com 19 anos foi catapultado para a ribalta como génio criador.

Oldfield era no entanto introvertido e virado para a criação. No ano seguinto lançou um album semelhante Hergest Ridge onde cimentou o formato do anterior, criando paisagens sonoras com a sobreposição de vários instrumentos tocados por si próprio, desde a guitarra ao baixo, do piano ao xilofone, apenas com alguns convidados a fazer alguns coros ou percurssionistas.

O terceiro album Ommadawn foi de novo instrumental e foi de novo um grande êxito. Para mim estes três são uma triologia do ínicio de Oldfield...o Oldfield puro, sem concessões.

A partir daí Oldfield foi-se refinando e explorando outras áreas da múscia mas sempre adaptando-as ao seu estilo de interpretação muito pessoal e virtuoso como é o caso de uma versão de Arrival dos Abba, para mim melhor que a original. Qualquer apreciador de música pode sentir um imenso prazer ao ouvir as diversas interpretaçãoes que Oldfield faz em cada tema, seja ele uma longa composição de vinte minutos épica ou um curto lamento de 2 minutos só com guitarra.

Em 1983 Saltou de novo para a riblata com single Moonlight Shadow, uma música pop cantada pela sua agora parceira quaseinseparável Maggie Reilly, que começou por fazer coros para as composições de Mike Oldfield e que agora era parte de uma banda que Oldfield juntou para levar aos palcos o seu album desse ano Crisis

Em 1984 lançou Discovery, e em 1987 Islands...ambos com a mesma estrutura de de Crisis. Um primeiro tema instrumental de 20 minutos seguido de 6 ou sete musicas mais curtas, de onde sobressaem To france e Islands(cantado por Bonnie Tyler) que foram singles de sucesso dos eighties.

A difícil transição para os Nineties levou Oldfield a quebrar a sua ligação de quase vinte anos com a editora Virgin( cujo primeiro título que editou foi precisamente o Tubular Bells) e assinar pela WEA, em busca de liberdade criativa.

O primeiro título que lançou com a nova editora foi Tubular Bells 2 em 1992 que foi um grande êxito comercial que culminou com um concerto ao vivo no castelo de Edinburgo com um grande orquestra a acompanhar Olfield.

Seguiu-se a adaptação musical do conto de Songs of Distant Earth em 1994, Voyager em 1996 e Millenium Bell em 1999.

Nos ultimos anos Olfield varia entre albuns electrónicos e os acusticos numa busca constante de musicalidade.

Não tão atractivo como no início, mas sempre com carisma e originalidade, na minha opinião pessoal. Influente para dizer o mínimo.