11/02/2005

Novas filosofias da tecnologia

O último spot publicitário da Vodafone conta a história de um insecto com esperança média de vida de um dia. A "libelinha" - vamos supôr - é feliz na sua ingenuidade de animal não racional. E naquelas 24 horas de existência, não só se diverte como aproveita para fazer tudo o que lhe dá prazer, entre saltos e esvoaçares. A mensagem é curta e a lição moral óbvia: se em vez de nos preocuparmos com os pequenos nadas do dia-a-dia aproveitássemos a vida, o momento, o segundo (o que seja), não seríamos insectos mas homens muito mais felizes.
Depois das torradas queimadas, do casal velhinho infeliz e de pessoas que choram ou riem como se não houvesse amanhã, a Vodafone aparece com uma mensagem simples mas que de tão eficaz não pode passar sem a devida vénia.
O novo marketing das telecomunicações intriga-me. De acessório, o telemóvel passou a bem essencial e as campanhas publicitárias apostam na reflexão sobre a vida e o modo de estar nela. Hei-de tornar a falar disto.