As cabeças que rolam
A ser verdade que as FARC contribuíram com 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral do PT brasileiro em 2002, então Lula está numa enorme embrulhada. É que fica difícil explicar que a cúpula do PT – e o próprio Lula – não tiveram conhecimento do encaixe desse dinheiro. Lula já veio dizer que, se a história da Veja se confirmar, então várias cabeças “vão rolar”, o que significa que os responsáveis vão ser expulsos do partido. Contudo, essa é uma maneira fácil de Lula de desresponsabilizar. Quem se devia demitir, caso a história seja verdadeira, seria o próprio Lula, que se elegeu com dinheiro de terroristas.
Já lá vão três anos durante os quais o ex-metalúrgico se manteve à tona de qualquer crise institucional. Há um ano, o escândalo Valdomiro – que envolveu o seu braço-direito, José Dirceu, e envolvia corrupção a mais alto nível – não pareceu sequer roçar na aura de bom-menino-que-não-via-nem-sabia de Lula. Depois foi aquela gaffe de primeira-dama, que resolveu plantar uma enorme estrela vermelha – que até vem a ser o símbolo do PT – nos jardins do Planalto, que são área protegida e que qualquer modificação precisa do aval de Óscar Niemeyer. Em qualquer país europeu, esta dita gaffe necessitaria de ser explicada até à exaustão, mas a comunicação social brasileira não se mostrou muito preocupada.
Talvez o presidente brasileiro precise que alguém lhe explique que ser presidente de 180 milhões de pessoas é difícil, que às vezes há uns senhores menos bem intencionados que roubam e tem fotografias do tempo em que almoçavam juntos ao Domingo, que às vezes caem pontes e explodem fábricas e que tudo isso afecta o desempenho do seu mandato e prejudicam a sua imagem. E que há alturas em que se pede que o responsável máximo tome para si a responsabilidade.
Já lá vão três anos durante os quais o ex-metalúrgico se manteve à tona de qualquer crise institucional. Há um ano, o escândalo Valdomiro – que envolveu o seu braço-direito, José Dirceu, e envolvia corrupção a mais alto nível – não pareceu sequer roçar na aura de bom-menino-que-não-via-nem-sabia de Lula. Depois foi aquela gaffe de primeira-dama, que resolveu plantar uma enorme estrela vermelha – que até vem a ser o símbolo do PT – nos jardins do Planalto, que são área protegida e que qualquer modificação precisa do aval de Óscar Niemeyer. Em qualquer país europeu, esta dita gaffe necessitaria de ser explicada até à exaustão, mas a comunicação social brasileira não se mostrou muito preocupada.
Talvez o presidente brasileiro precise que alguém lhe explique que ser presidente de 180 milhões de pessoas é difícil, que às vezes há uns senhores menos bem intencionados que roubam e tem fotografias do tempo em que almoçavam juntos ao Domingo, que às vezes caem pontes e explodem fábricas e que tudo isso afecta o desempenho do seu mandato e prejudicam a sua imagem. E que há alturas em que se pede que o responsável máximo tome para si a responsabilidade.
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