A grandeza segundo Joaquim José dos Santos (7)
Talvez tivesse sido a sede que aguentou este homem vivo por tanto tempo, uma sede búlimica para cumprir da melhor forma aquilo que acreditava ser o seu destino. Os versículos sagrados ensinavam-no os princípios da resistência e da força e, a tudo isso, Joaquim acrescentava umas pitadas sábias da fé que depositava em Deus, mas especialmente em si próprio. Não raras vezes, esta crença que um homem é capaz de colocar em si próprio resulta na grandeza; foi assim com Napoleão, com Adriano e com todo um rol de homens de Estado. Mais do que qualidades, estes homens acreditavam cegamente em si, mesmo que de loucos fossem chamados e, muitas vezes, por idiotas passassem. Não existe grandeza sem contradição: a razão e a fé resultam na alquimia de um grande destino. E foi essa contradição a melhor herança genética que Joaquim podia passar aos seus; o seu uso dependeria da moral de cada um.
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