7/18/2005

À conversa com um blogger especial

Depois de o meu post anterior me ter proibido terminantemente toda e qualquer exposição sobre a minha pessoa, perdoe-se este agora. Mas não resisti.
Eu e o amigo Bruno (a quem curiosamente chamo Claúdio) temos este entendimento quase bizarro em algumas coisas. Estava a ler as suas respostas a um inquérito, quando de repente fui invadida por aquele sentimento de identificação avassalador: "Pior sentimento do mundo?", era perguntado, como quem espera a resposta... "Perder o autocarro" ou "Chegar a velho e sentir que a vida não foi bem aproveitada". E vai aquele malandro: "Quando me desiludo comigo." Olha que tu queres ver?..., alertou-me aquela vozinha (não confundir com avózinha - que estupidez, pá...) que a gente tem cá dentro.
Em tempos atribulados de descobertas interiores, descobri ontem que o pior sentimento do mundo é a self-frustration. De quem idealizou uma coisa e depois se desencanta. Detesto «acordar» esbofeteada por mim própria.
Luto desde adolescente contra a ilusão amorosa (...) e tenho-a bem enraízada. Mas as outras? A profissional? A da amizade, quando somos traídos? A fúria que se sente por pensar que fomos ingénuos é pior do que a desilusão. Mas é a desilusão levada ao extremo. Pensa nisso, querido.