3/03/2005

Antes das Oito

O céu branco da manhã, como que acabado de caiar, gelado, impessoal. Estava lá apenas por obrigação, mero funcionalismo. Sem vento, com algo apenas que, caso não fosse tão frio, bem podia ser chamado de brisa. Um cigarro, um café forte. Os primeiros carros, as primeiras pessoas que passeiam, se passeiam. Atrás, as cinzas mornas, as brasas quase mortas, o livro que esperará doze horas no braço do sofá. O dia e a noite, por segundos de ângulo.