M.
Gostava de te chamar M., quando para os outros m não passava de uma letra no alfabeto. Eras a M. que gostava do Inverno, a M. que apostava mais vazas do que as que fazia, a M. que se desafiava. Agora, chamar-te M. não é mais do que seres o que sempre pensei que viesses a ser. A M. que me espanta por tanto saber, a M. que traduz aos jantares aquilo que sinto durante a semana. Continuas a ser a M. onde muitas vezes se espalha o que sou. A mesma M. cujas idiossincrasias – que palavra tão pouco poética – te tornam num poema do Vinicius.
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