No Santo António
"Descobri os motivos da crise da Filosofia no mundo actual", disse eu, quase a medo, quase ao ouvido - porque estava muita gente, muito barulho e muito álcool no ar e eu queria frisar bem aquilo -, quase em segredo. Ele olhou para mim, tentando reflectir com seriedade durante alguns segundos (qualquer réstea de seriedade que ainda conseguisse agarrar dentro de si naquele momento) e declarou finalmente:
- Oh Joana... - não, Mariana!, esta minha cabeça! - Tu és tão inteligente...!
Eu soltei uma leve e fresca garagalhada, como quem se esforça por dar crédito às palavras embriagadas de alguém. Um pouco envergonhada, um pouco confusa até. E reclamei:
- Oh... (expressão portuguesa para "tája gozar, bebedolas dum raio!") Lá estás tu na brincadeira...
- Não estou! Não estou, Joana (Mariana!, mas o que é que se passa comigo!?) Eu acho que tu és... o paradigma da inteligência actual. A sério. Tu preocupas-te com coisas tão actuais, tão... oh Joana...!
Foi nessa altura que me rendi - nunca ninguém me tinha chamado paradigma.
- Oh Joana... - não, Mariana!, esta minha cabeça! - Tu és tão inteligente...!
Eu soltei uma leve e fresca garagalhada, como quem se esforça por dar crédito às palavras embriagadas de alguém. Um pouco envergonhada, um pouco confusa até. E reclamei:
- Oh... (expressão portuguesa para "tája gozar, bebedolas dum raio!") Lá estás tu na brincadeira...
- Não estou! Não estou, Joana (Mariana!, mas o que é que se passa comigo!?) Eu acho que tu és... o paradigma da inteligência actual. A sério. Tu preocupas-te com coisas tão actuais, tão... oh Joana...!
Foi nessa altura que me rendi - nunca ninguém me tinha chamado paradigma.
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