"Nos Estados Unidos, o romance negro tende a reaparecer em períodos de forte expansão económica. Aparentemente, todos são prósperos e felizes. Mas a realidade é diferente, o que justifica a necessidade do "negro", que denuncia as imperfeições de uma sociedade onde a disparidade entre ricos e pobres torna-se mais chocante de dia para dia. A função do romance negro é a de trazer à boca de cena, em plena luz, o que se prefere esquecer: os excluídos do crescimento, cujas perspectivas de futuro são quase inexistentes, aqueles cuja "continuação legítima da felicidade" foi quebrada irremediavelmente. Para dizer mais simplesmente as coisas, o romance negro é a má consciência, aquela voz que murmura ao ouvido que a vida não é cor-de-rosa, antes pelo pelo contrário"*
A ler num dos melhores blogues do momento.
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