Maria José, Zézinha para todo o Portugal
Foi com certeza propositado, porque a "Zézinha" (qual é a forma correcta: Zezinha ou Zézinha?...), tal como insistem em chamar-lhe - tornando sua a figura pouco séria, logo à partida - é do sexo F. A Zézinha é uma senhora, veste o cor-de-rosa e usa pregadeiras em forma de rosa.
O "Zézinha" foi uma estratégia de aproximação das pessoas, que quer misturar acessibilidade e popularidade. Bem sei que a política é feita da personalização, não de propostas concretas, e que as autárquicas elevam ainda mais esse expoente. Mas "Zézinha" roçará talvez o "redículo" (até o Portas o deve reconhecer), ao lembrar demasiado uma tia de família, uma avó abastada, uma prima que vive luxuosamente no campo.
Se fosse só isto, tudo seriam realmente rosas. Não viesse o slogan destruir qualquer réstea de credibilidade: antes de mais, "Arrumar a casa" cheira a Pronto para madeiras, a Cif casa-de-banho, a Fairy uma-gota-lava-cinquenta-e-sete-panelas. É como se a Zézinha fosse dona de casa. Talvez vá buscar o voto das domésticas.
O "Arrumar a casa" que escolheram para a Zézinha é terrivelmente salazarista, numa lógica dos três K's nazis, aprisionando a Zézinha ora na cozinha, ora na igreja, ora a levar com as crianças. Se nos detivermos a pensar nisso, veremos que é de um machismo assustador. A fórmula ideal para os eleitores nunca chegarem a ver na Zézinha uma candidata efectiva à câmara.
O "Zézinha" foi uma estratégia de aproximação das pessoas, que quer misturar acessibilidade e popularidade. Bem sei que a política é feita da personalização, não de propostas concretas, e que as autárquicas elevam ainda mais esse expoente. Mas "Zézinha" roçará talvez o "redículo" (até o Portas o deve reconhecer), ao lembrar demasiado uma tia de família, uma avó abastada, uma prima que vive luxuosamente no campo.
Se fosse só isto, tudo seriam realmente rosas. Não viesse o slogan destruir qualquer réstea de credibilidade: antes de mais, "Arrumar a casa" cheira a Pronto para madeiras, a Cif casa-de-banho, a Fairy uma-gota-lava-cinquenta-e-sete-panelas. É como se a Zézinha fosse dona de casa. Talvez vá buscar o voto das domésticas.
O "Arrumar a casa" que escolheram para a Zézinha é terrivelmente salazarista, numa lógica dos três K's nazis, aprisionando a Zézinha ora na cozinha, ora na igreja, ora a levar com as crianças. Se nos detivermos a pensar nisso, veremos que é de um machismo assustador. A fórmula ideal para os eleitores nunca chegarem a ver na Zézinha uma candidata efectiva à câmara.
6 Comments:
Gostei muito do post caro companheiro...Eu detesto arrumar a casa...prefiro desarrumar numa afirmação consciente de machismo e preguiça.
Não tou é bem a ver quais são os três Ks nazis(santa ignorância!)
Quererás dizer "cara companheira", certo? O post era da M., João Maurício...
Os três k's nazis (para ti que sabes o alemão) são Crianças, Cozinha e Igreja. Traduz-me isto para alemão e tens desvelado o ideário feminino nazi. Dirás que eram bons tempos...
Faz tudo parte da confusão sexual do maurício. Crianças, cozinha e igreja traduz-se para alemão como Kinder, Kitchen (esta estou a inventar) e Kirche.
Kinder, Kochen und Kirche...
O crédito a quem o merece...De novo digo que gostei muito do post minha muito cara companheira :P
Não sei de que confusão sexual minha está o JL a falar...Tanto post do Fraga Braz que já nem me dou ao trabalho de ver quem assina...
nao gosto de ver o meu nome envolvido nas confusões sexuais da M.
Kinder, KÜCHE und Kirche...os três K's
Enviar um comentário
<< Home