7/29/2005

Os meus amigos e o investimento público

Quando Sócrates anunciou o seu Plano Tecnológico, eu pensei logo que aquilo poderia ter alguma coisa a ver com educação. Enfim, como optimista que sou, achei que o tal Plano serviria a uma reforma num dos sectores que pior vai no País: a educação. O sector estrutural que precisa realmente de investimento (público, entenda-se). Contudo, enganei-me. Todos parecem mais entusiasmados com comboios de alta-velcidade, aeroportos e cata-ventos. A educação continuou fora das preocupações dos governantes. Entende-se facilmente: não dá votos, não aparece na televisão, só daria que falar dentro de dácadas. E os governantes portugueses têm pressa em mostrar o que valem e são pouco dados a medidas… estruturantes. Contudo, é com grande espanto que vejo muitos dos que neste blogue se manifestaram a favor da Ota (calculo que também a favor do TGV, dos cata-ventos,…). Julgava-os com outra visão para o País, pensava que ainda não se tinham esquecido da má qualidade do ensino (afinal, ainda o estão a acabar), da necessidade de reformas sérias, não populistas, não demagogas e verdadeiramente pensadas para mudar a face deste País. Afinal, nem eu votava nos meus amigos. Que desilusão.

1 Comments:

Blogger Joana said...

Sinceramente, não sei se estás a pedir comentários, ou se, simplesmente não lês os nossos... Pára lá de fingir que nós somos os incongruentes, assume que o argumento do "aeroporto no meio de Lisboa é que é bom", não figura nas coisas mais inteligentes que aqui foram escritas e, sê justo com os teus amigos: nenhum de nós acha que a Ota ou o TGV devam ser postos à frente da Educação...

4:56 da tarde  

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