7/28/2005

Sem título

A fotografia foi tirada na Rua das Flores. O escritor, uma placa ao fundo, um sorriso forçado e estrangeiro. Uma manhã cinzenta e espessa. A mesma manhã como seria em Salamanca, perto do meio-dia. Saía-se da biblioteca, passava-se pelos claustros, seculares e jesuítas. As paredes de pedra velha com inscrições góticas de tinta escura, sanguínea. A rua naquelas manhãs sem música. Manhãs espessas de Salamanca. De Lisboa.