Um cavaquismo sebastianista
Independentemente de gostar - ou não - de Cavaco Silva (até porque gosto), tenho assistido com alguma preocupação a este tsunami cavaquista. De cada vez que Cavaco aparece na televisão, fico sempre com a sensação de haver um manto de nevoeiro à sua volta. Tal qual D.Sebastião regressado para nos salvar. No imaginário português sebastianista, este não é, nem por sombras, um fenómeno anormal. De Sidónio Paes a Salazar, passando por Sá Carneiro, Cavaco é apenas mais uma esperança.
Os mais críticos lembram a memória curta dos portugueses; chamam-lhe "Pai do défice" e acusam-no de ter "inaugurado as fugas". Mas a massa do eleitorado age de forma autista e perde-se em vénias ao Salvador.
Digo num parêntesis que gostava de compreender os mecanismos de formação da imagem dos políticos junto do povo, como se constrói um "intocável".
E concluo rapidamente: Precisa-se - uma trela para este nosso romantismo desenfreado...
Os mais críticos lembram a memória curta dos portugueses; chamam-lhe "Pai do défice" e acusam-no de ter "inaugurado as fugas". Mas a massa do eleitorado age de forma autista e perde-se em vénias ao Salvador.
Digo num parêntesis que gostava de compreender os mecanismos de formação da imagem dos políticos junto do povo, como se constrói um "intocável".
E concluo rapidamente: Precisa-se - uma trela para este nosso romantismo desenfreado...